Acordo de sobressalto, um susto que me sacode e segura de pontacabeça no ar. Rodopio no sentido do giro da Terra, torço e me enrosco agarrado ao lençol, enquanto as pupilas se entendem com o negrume do fim da noite.
Com os olhos, e somente com eles, sigo a corda tosca do nó que me prende as canelas até a roldana dourada pregada no teto. Acompanho as cerdas com pavor e encontro as brutas e marcadas mãos do torturador, vestido de marrom e com cabelo cortado feito cuia de leite. Traz dependurado ao redor do pescoço um diabrete de cabelos cacheados que zomba silenciosamente de mim.
"- Vejas como é bom pendurar os outros, ó pá!"
Com os olhos, e somente com eles, sigo a corda tosca do nó que me prende as canelas até a roldana dourada pregada no teto. Acompanho as cerdas com pavor e encontro as brutas e marcadas mãos do torturador, vestido de marrom e com cabelo cortado feito cuia de leite. Traz dependurado ao redor do pescoço um diabrete de cabelos cacheados que zomba silenciosamente de mim.
"- Vejas como é bom pendurar os outros, ó pá!"
6 comentários:
Tá bom, tá bom, nunca mais maltrato Santo Antônio.
Re re.
hahahahaahahahahaha...
Acho que nunca mais amarro o pobrezinho tb...
:S
Seria este o tão temido e a muito esquecido Capeta da Charneca ?
Cuidado
tu é mau, pedro. mau.
mas o que foi que eu fiz? rs
Bendita hora que eu te incentivei a voltar com esse blog. MUITO BOM!
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